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terça-feira, 29 de março de 2011

Pri e eu: uma relação de amor é ódio!

Não tem jeito. Podemos passar um feriado inteiro juntas, de pernas pra cima, posso satisfazer todas as suas vontades e, ainda assim, nunca é o suficiente.
Quando chega a segunda-feira, lá está a Pri, pendurada no meu pescoço de novo e, eu com o peso dela nos ombros, vou me arrastando para o trabalho.

Eu gosto dela, de verdade. Ela é a única que me conhece bem o suficiente a ponto de saber que eu detesto acordar cedo, que prefiro almoçar no trabalho para evitar a fadiga do deslocamento e, definitivamente, não existe companhia melhor no mundo para se ter num domingo a tarde.

Mas, o fato é que nossa relação é doentia, muitas vezes me sinto prejudicada...
Por causa dela eu já perdi ônibus, prazos, festas, já levei algumas broncas e serviço para fazer em casa. Quando isso acontece meu amor se transforma em ódio, esqueço os apelidos carinhosos e falo sério:

- Sai de mim, "Priguiça"!

Óbvio que não sou obedecida até por que, ela é surda. Só quando me acompanha até o banheiro e toma um banho frio é que me dá um tempo. Depois disso, fica tudo mais fácil, meu rendimento, em qualquer tarefa melhora tanto que nem vejo que já é hora do almoço!

Ah! O almoço! Só tem um horário em que ela gosta mais de me visitar do que após o almoço, de manhã cedinho quando o celular desperta.
Termino de almoçar e lá vem ela novamente, toda gostosa, com a proposta indecente de me levar para a cama e, o pior pecado é aquele que não produz arrependimento.

Eu sempre vou. Nem faço charme ou banco a difícil. Ela me chama uma vez e caio em tentação, rolamos de um lado para o outro e, lá estou eu, sem culpa, de volta ao círculo vicioso e a esse amor bandido.











sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Crise existencial ou frescura?

Entre as minhas amigas na mesma faixa etária que eu, estou entre as mais novas. Um ano ou dois de diferença, no máximo mas, estou!

Presenciei várias delas passando por uma crise quando chegaram aos 26 anos. Todas, sem exceção demonstraram isso, talvez mesmo sem perceber.

Uma resolveu casar, outra desejou ter um filho por que já tinha 26, outra fez uma escova definitiva por que segundo ela, cachinhos no cabelo não combinam com uma mulher "velha" de vinte-e-seis-anos!

Quando completei meu vigésimo sexto aniversário passei o dia inteiro esperando a tal crise me pegar mas, não aconteceu nada...No final do dia eu ainda me achava imatura e jovem o suficiente para não querer ter filhos, casar, mudar radicalmente meu cabelo ou viver unicamente em prol de uma causa nobre.

Decidi, ainda quando criança, que só depois dos trinta e cinco iria me preocupar com coisas sérias e resolver o que eu quero mesmo da vida.

Maaasss, pobre de mim! Estou sendo sabotada pela única pessoa que não poderia.

Eu mesma!

Uma parte de mim da qual não gosto, por que ela é fresca e muito, muito mulherzinha, o que sai caríssimo, diga-se de passagem!

Cansei das redes sociais, dos meus jeans surrados e camisetas que amava e, desde o inicio do ano virei a “doida” dos cosméticos e dos sapatos.
(nem sob tortura confesso a vocês o quanto já gastei com eles desde então).

Nunca gostei de saias, vestidos, cor-de-rosa, babados, florzinhas e, agora além do guarda-roupa colorido também estou prestes a ganhar de presente um jardim só pra mim, que eu mesma vou cultivar (de verdade mesmo! Depois eu posto as fotos das flores)

É o principio do fim! A crise me pegou aos 27!

É mais forte do que eu...Uma certeza “absoluta” de que preciso ser mais feminina, mais vaidosa, mais neurótica, mais dona de casa, mais adulta!

Ahhh! Como eu queria que fosse só frescura ao invés do futuro invadindo minha vida e trazendo com ele uma crise e várias rugas.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

FREE HUGS



Sempre achei o abraço um dos melhores carinhos, tanto para se ganhar quanto para oferecer. Com certeza não sou a única, pelo menos a  Kathleen Keating, autora do livro  "A terapia do abraço" há de concordar comigo. Na verdade, ela vai além, quando diz que o ato  de abraçar deixa qualquer um mais saudável, mais seguro e feliz.

Em 2004, um australiano desocupado e genial, iniciou uma campanha que em pouco tempo ganhou adeptos em diferentes locais do mundo. Era a Free Hugs Campaign (Campanha dos Abraços Grátis). Se você tiver o trabalho de procurar no youtube talvez descubra que o vídeo é um dos mais acessados do site. Algo em torno de 50 milhões de vezes; esse número de visitantes na página me fez cogitar que as pessoas estão carentes de gestos calorosos, algo que as façam sentir empatia uns pelos outros em meio a essa modernidade, onde o que impera é o medo e a desconfiança. 
  
Não pense que o abraço é apenas para pessoas solitárias. Também não duvide que o efeito dele pode até ajudar a "curar" uma pessoa emocionalmente machucada mas, o abraço por si só tem um valor único que aquece o coração até dos mais durões. Não entrarei no mérito de discutir coisas como "depende de quem seja o abraço". Afinal, cada um precisa saber em que braços está se enfiando!

Recentemente a Malwee lançou uma campanha que faz parte da sua fase " um abraço brasileiro". Colocaram uma batidinha contagiante da Paula Lima que me convida a sair fazendo o mesmo que os entusiastas desprendidos dessa causa, portanto se me encontrar por aí com uma plaquinha ou camiseta estampada de "abraços grátis", não se preocupe, estarei bem intencionada, pronta pra te abraçar.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Minha primeira vez

É isso mesmo. Eu resolvi contar. Nunca vou esquecer, até por que foi numa cadeira com estofado verde, ela tinha uma boa inclinação , mas ainda assim era uma cadeira, portanto, desconfortável. Eu estava com muito medo por que várias amigas que já tinham feito me diziam que sentiram dor e, que dificilmente seria diferente comigo. Mas eu queria fazer, já estava mais do que na hora na minha opinião e não vou nem mencionar o que ele achava.
Além do mais, ele me pareceu tão experiente, não havia com que me preocupar, mas na hora "H", meu  corpo gelou, a respiração parecia presa e, aquela posição era definitivamente constrangedora!

Ele chegou perto, colocou a mão no meu ombro, me olhou e disse pra eu relaxar, confiar nele e que se quisesse pedir pra parar, ele obedeceria. Tentei ficar tranquila, fechei os olhos e pensei que não havia mais como fugir, considerando o estágio em que as coisas estavam naquele momento. Ele ignorou o quanto eu estava travada, gelada, apavoraaaada e começou devagar.

A delicadeza não adiantou . Quando percebeu minha expressão, perguntou se estava sentindo dor.
Homens, malditos insensíveis! Nunca conheci um diferente, todos iguais! Todos! Ou você conhece algum dentista que não faça cara de bonzinho no inicio, te peça pra ter calma e depois venha com aqueles terríveis instrumentos de tortura fazer vc tremer de pavor?!

Pelos meus calculos ele estava perdendo a paciência quando me disse pela milésima vez que eu tinha que confiar nele. Aposto que, se fosse o contrário,  ele não confiaria em mim, uma estranha até aquele momento,  fazendo um tratamento de canal nele, ainda mais o primeiro da vida! O fato é que depois de muita resistência e inúmeras injeções de anestesia ele conseguiu terminar o trabalho.

Nossa relação melhorou muito agora que nos separamos. Não sinto raiva dele, mas espero não tornar a ve-lo. Algumas experiências são muito traumáticas, melhor não repeti-las.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sobre os frutos de um relacionamento - Baseado em fatos reais!

Sempre acreditei que todo relacionamento gera frutos. Não sei que fruta nasce daqueles que se desenvolvem em ambientes saudáveis, se pitangas, mamões, ou maçãs, mas descobri que, se existe uma fruta capaz de nascer de uma relação conturbada, certamente é um tomate.

Após dois anos sem tirar férias, eufórica, com um roteiro que começaria em Minas Gerais e terminaria no Rio de Janeiro, tudo teria sido perfeito se eu tivesse ficado nos programinhas de turista, praias-shoppings-museus-azaração-restaurantes-teatro.

Acontece que entre um passeio e outro, de uma azaração surgiu um namorinho e, isso não seria nenhum problema desde que ele tivesse terminado lá mesmo na cidade maravilhosa. Não foi difícil me interessar por um tipo inteligente com quem era possível falar sobre tudo, desde filmes, política, filosofia, artes, e até religião sem grandes dificuldades.

Aparentemente o interesse foi recíproco por que não nos desgrudamos mais durante minha semana no Rio. Saímos juntos, com amigos dele e meus, rimos e namoramos muito.

Encerrei minhas férias com uma sensação muito gostosa de dias bem aproveitados e, uma promessa típica dos amores de verão: “te vejo nas minhas férias”. Setembro, outubro, novembro, conversas e mais conversas no msn, ao telefone e, o óbvio aconteceu. O encanto diminuiu a ponto de eu temer e tremer com a suposta vinda dele. Joguei limpo. Afinal uma pessoa inteligente costuma entender frases simples como: “não sinto mais nada, melhor você desistir dessa idéia”. Definitivamente, comprovei minha suposição de que inteligência cognitiva e emocional, não andam necessariamente juntas.

O moço veio e, ficou oficialmente solteiro entre o aeroporto e meu apartamento. Ufa, ele não sofreu! Assim eu me sentia menos cruel.

Comemorei cedo demais, algumas pessoas demoram um pouco pra processar as coisas e, esse quando entendeu, chorou copiosamente reclamando a ausência da mãe e a distância de casa. Senti-me como um desenho animado irritado, que vai ficando vermelho, vermelho, até soltar fumaça pelo nariz. Como assim chorando e pedindo colo? Já tinha sido avisado, havia reagido bem, não desistiu da viagem por que não quis. E, por último mas, não menos importante, passamos uma semana juntos! Será que eu estaria subestimando meu poder de sedução?

Respirei fundo, tive paciência e cometi o erro de não pedir pra que ele fosse se hospedar num hotel. Não demorou muito e comecei a ouvir: não gosto de verduras, nem de azeitona e, nem, de cebola, não almoço sem feijão, não como frutas, especialmente as do panetone, não sei abrir o portão, não quero ficar sozinho, não curto essa música, nem essa, nem aquela primeira, não gostei do filme, não sei colocar o celular pra despertar, não quero isso, não gosto daquilo, não, não, não, nãaao!

Vou privar meu leitor de ouvir a narração das brigas e discussões que tivemos, seria cruel demais.

Por covardia ou humanidade, não o mandei sair do apartamento, mas coloquei-me porta a fora e me refugiei na casa dos meus pais. Claro! Pra onde mais a gente corre quando faz besteira? Pra barra da saia da mamãe.

Deixei o moço no meu apê e, me fiz de morta até ter certeza de que o vôo não havia sido cancelado e, que ele havia embarcado. Foram duas longas semanas, pois, não haviam vôos anteriores a menos que ele estivesse disposto a pagar um preço exorbitante, o que não era o caso, já que nem para um hotel ele tinha dinheiro.

Fazendo a vistoria no local percebi que, além dos meus lençóis, fronhas e toalhas estarem extremamente sujos, havia na pia da cozinha, mais precisamente sobre aquele pano que costumamos usar para enxugá-la, dois pés de tomate brotados do desleixo do meu hospede, parei por um instante tentando imaginar como alguém convive com brotos de qualquer coisa que seja, nascendo e crescendo no mesmo local onde ele apóia e lava copos e pratos e, não faz absolutamente nada a respeito, ele poderia pelo menos tê-los plantado em um vaso e colocado do lado de fora.

Minha indignação acabou quando conclui satisfeita: antes um tomate na minha pia do que um abacaxi na minha vida!