Entre as minhas amigas na mesma faixa etária que eu, estou entre as mais novas. Um ano ou dois de diferença, no máximo mas, estou!
Presenciei várias delas passando por uma crise quando chegaram aos 26 anos. Todas, sem exceção demonstraram isso, talvez mesmo sem perceber.
Uma resolveu casar, outra desejou ter um filho por que já tinha 26, outra fez uma escova definitiva por que segundo ela, cachinhos no cabelo não combinam com uma mulher "velha" de vinte-e-seis-anos!
Quando completei meu vigésimo sexto aniversário passei o dia inteiro esperando a tal crise me pegar mas, não aconteceu nada...No final do dia eu ainda me achava imatura e jovem o suficiente para não querer ter filhos, casar, mudar radicalmente meu cabelo ou viver unicamente em prol de uma causa nobre.
Decidi, ainda quando criança, que só depois dos trinta e cinco iria me preocupar com coisas sérias e resolver o que eu quero mesmo da vida.
Maaasss, pobre de mim! Estou sendo sabotada pela única pessoa que não poderia.
Eu mesma!
Uma parte de mim da qual não gosto, por que ela é fresca e muito, muito mulherzinha, o que sai caríssimo, diga-se de passagem!
Cansei das redes sociais, dos meus jeans surrados e camisetas que amava e, desde o inicio do ano virei a “doida” dos cosméticos e dos sapatos.
(nem sob tortura confesso a vocês o quanto já gastei com eles desde então).
Nunca gostei de saias, vestidos, cor-de-rosa, babados, florzinhas e, agora além do guarda-roupa colorido também estou prestes a ganhar de presente um jardim só pra mim, que eu mesma vou cultivar (de verdade mesmo! Depois eu posto as fotos das flores)
É o principio do fim! A crise me pegou aos 27!
É mais forte do que eu...Uma certeza “absoluta” de que preciso ser mais feminina, mais vaidosa, mais neurótica, mais dona de casa, mais adulta!
Ahhh! Como eu queria que fosse só frescura ao invés do futuro invadindo minha vida e trazendo com ele uma crise e várias rugas.