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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Crise existencial ou frescura?

Entre as minhas amigas na mesma faixa etária que eu, estou entre as mais novas. Um ano ou dois de diferença, no máximo mas, estou!

Presenciei várias delas passando por uma crise quando chegaram aos 26 anos. Todas, sem exceção demonstraram isso, talvez mesmo sem perceber.

Uma resolveu casar, outra desejou ter um filho por que já tinha 26, outra fez uma escova definitiva por que segundo ela, cachinhos no cabelo não combinam com uma mulher "velha" de vinte-e-seis-anos!

Quando completei meu vigésimo sexto aniversário passei o dia inteiro esperando a tal crise me pegar mas, não aconteceu nada...No final do dia eu ainda me achava imatura e jovem o suficiente para não querer ter filhos, casar, mudar radicalmente meu cabelo ou viver unicamente em prol de uma causa nobre.

Decidi, ainda quando criança, que só depois dos trinta e cinco iria me preocupar com coisas sérias e resolver o que eu quero mesmo da vida.

Maaasss, pobre de mim! Estou sendo sabotada pela única pessoa que não poderia.

Eu mesma!

Uma parte de mim da qual não gosto, por que ela é fresca e muito, muito mulherzinha, o que sai caríssimo, diga-se de passagem!

Cansei das redes sociais, dos meus jeans surrados e camisetas que amava e, desde o inicio do ano virei a “doida” dos cosméticos e dos sapatos.
(nem sob tortura confesso a vocês o quanto já gastei com eles desde então).

Nunca gostei de saias, vestidos, cor-de-rosa, babados, florzinhas e, agora além do guarda-roupa colorido também estou prestes a ganhar de presente um jardim só pra mim, que eu mesma vou cultivar (de verdade mesmo! Depois eu posto as fotos das flores)

É o principio do fim! A crise me pegou aos 27!

É mais forte do que eu...Uma certeza “absoluta” de que preciso ser mais feminina, mais vaidosa, mais neurótica, mais dona de casa, mais adulta!

Ahhh! Como eu queria que fosse só frescura ao invés do futuro invadindo minha vida e trazendo com ele uma crise e várias rugas.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Mulheres: a forte

Ela se sentia quase como uma personagem do livro. Era mesmo uma vida severina aquela. No meio da floresta, com a luz elétrica racionada, olhava para o chão de madeira da casinha humilde cheio de pingos de vela e a noite se o marido estivesse em casa, ouvia destemida os sons da mata, mas isso era raridade. O trabalho dele impunha-lhe uma ausência que só não era pior por que tinha a filha de dois anos que a ocupava, a irritava, mas também a consolava quando ao olhar para ela, se convencia de que pela menina, poderia suportar qualquer coisa. E agora, grávida do segundo filho, nem sequer pensaria no luxo de largar tudo e voltar para sua terra, como muitas vezes, num impulso quis fazer.


Calçada em sandálias havaianas, arrastava rua abaixo a filha de um lado e o balde vazio de outro. Não demorava muito e lá estava ela voltando, agora mais devagar, com a menina, o balde cheio, a barriga cheia e cada vez mais pesada.

Não reclamava. Não por orgulho de admitir que escolheu seu próprio destino mas, por que não havia amigos com quem conversar. Muitas vezes chorava e se fazia de surda quando a filha com sua voz fina lhe questionava o motivo das lágrimas.

O fato é que ao tempo pouco importa o sentimento dos que a ele sucumbem. Os dias passavam, uns menos tristes que outros e ás vezes era possível ouvi-la cantar. Talvez comemorasse a vinda em breve, do terceiro e último filho que teve em casa, nas mãos de uma parteira da vila e, que educaria com as mesmas dificuldades dos dois primeiros, mas também com o mesmo amor e obstinação.


domingo, 7 de novembro de 2010

Mulheres: a independente


Percebeu que chovia na hora de ir para casa. Apenas uma chuva fina, miúda, mas hesitou. 
Pensou melhor e pôs-se a caminhar a passos largos . 
Ao chegar em casa, estaria sozinha, mas isso não lhe causava incômodo, ao contrário, todo aquele silêncio lhe trazia uma paz incompreensível a qualquer um que nunca teve os mesmos sonhos que ela de não ter a quem dar satisfação. 
Iria selecionar suas músicas preferidas e colocá-las num volume suficientemente alto para ouvi-las durante o banho quente e sabia que o aconchego da sua cama a faria esquecer do desconforto de ter se molhado na chuva contra vontade .
Os pingos caíam gelados, mas tão suavemente sobre ela, que começou a andar vagarosamente como se aquilo fosse um passeio e não uma fuga do tempo escuro e feio. 
Um vento frio soprou-lhe o rosto e os cabelos, ela se deu conta de que a luz dos postes refletia no asfalto molhado à medida em que andava como se houvesse no chão minúsculas estrelas que ascendiam a cada passo.
Respirou profundamente. Sorriu. Sentiu a beleza das pequenas coisas, a alegria de estar viva e a graça da liberdade.

quinta-feira, 15 de março de 2007

A história que deu origem ao nome

O rei Assuero é também chamado de rei "Longímano" Artaxerxes da Pérsia, reino que começava nas proximidades da Índia e terminava onde, atualmente, se encontra o Sudão, na África. Ele gostava de passar o tempo com os amigos, de beber vinho e da sua esposa, muito atraente, a qual era descendente de uma das sete famílias de sangue azul da Pérsia.

No terceiro ano de seu governo, no ano 483 a.C., durante seis meses, ele fez uma reunião para exibir o palácio de inverno em Susa aos vassalos de suas 127 províncias. Para coroar o encerramento da reunião, ele armou uma tenda para servir um banquete para 10 mil pessoas. Depois de uma semana de festas, o rei teve a idéia de exibir a esposa e enviou um de seus eunucos para dar o recado para Vasti. Porém, a rainha tinha os seus propósitos e se sentiu ofendida de ter que ser exibida na frente dos vassalos do rei. Além disto, ela era apoiada pela lei persa que considerava tabu mesmo uma olhada de relance de um estranho para a mulher de alguém.

A recusa dela não foi aceita pela rei facilmente, porém ela não se dobrou diante da ordem do Longímano e continuou no banquete dos seus aposentos com as amigas. Os sábios do reino, preocupados mais com o papel da rainha do que com o sentimentos do rei, mandaram divulgar em todo o reino que, daquela data em diante, todas as mulheres deveriam tratar seus maridos como seus superiores. O decreto machista que alcançava quase toda a população feminina da época mandava: "Que todo marido fosse chefe da sua casa e que tivesse sempre a última palavra."(Ester, 1.22)

Vasti, recusando-se a ser uma mera mulher objeto, foi banida da presença do rei e Ester assumiu seu lugar. Ela perdeu a coroa e o marido, no entanto não perdeu a dignidade.



quinta-feira, 8 de março de 2007

Seja qual for o dia do ano...

NINGUÉM PODE TIRAR DE VOCÊ...
...A GRAÇA DE SE SENTIR QUERIDA...
...A DELIÍCIA DE FICAR HORAS AO TELEFONE...
...A FÉ NO AMOR MESMO EM TEMPOS DE GUERRA...
...A FORÇA DE TRANSFORMAR A VIDA...
...A ESPERANÇA DE REALIZAR SEUS SONHOS...
...A LIBERDADE DE MUDAR DE IDÉIA...
...A HUMILDADE DE SE SABER IMPERFEITA...
...A VITÓRIA DE TER RESISTIDO A UMA TENTAÇÃO...
...A CORAGEM DE SER SIMPLESMENTE VOCÊ...
...A HONESTIDADE DE ASSUMIR SUAS LIMITAÇÕES...
...A DISPOSIÇÃO DE TENTAR MAIS UMA VEZ...
...A VONTADE DE ENFRENTAR DESAFIOS...
...A CAPACIDADE DE PEDIR AJUDA...
...A SENSAÇÃO DE DEVER BEM CUMPRIDO...
...A CERTEZA DE QUE A VIDA SEMPRE VALE A PENA
!

quarta-feira, 7 de março de 2007


Em setembro de 1996, o Taleban tomou Cabul e impôs leis severas a dois terços do Afeganistão. Esses decretos foram defendidos com violência até outubro de 2001, quando tropas afegãs, com a ajuda de aviões norte-americanos, derrubaram o governo do Taleban.
Alguns decretos do Taleban

* As mulheres não devem sair de suas residências. Se o fizerem, não devem usar trajes elegantes, produtos cosméticos ou atrair atenção desnecessária. Caso venham a usar "vestes elegantes, adornadas, apertadas ou atraentes", jamais conhecerão o paraíso;
* As mulheres devem servir como professoras para sua família. Os esposos, irmãos e pais são responsáveis pelas famílias (alimentação, roupas, etc.);
* Não é permitido às mulheres trabalhar fora do lar ou freqüentar escolas;
* Nenhum tipo de música é permitido. Donos de estabelecimentos ou motoristas portando fitas cassete serão presos. É proibido tocar tambores;
* É proibido rir em público;
* É proibido barbear-se ou cortar a barba, Os infratores serão presos até que suas barbas cresçam;
* É proibido manter pombos em cativeiro e brincar com pássaros;
* Pipas são proibidas;
* Fotografias e retratos são proibidos. São considerados forma de idolatria e devem ser retirados dos hotéis, estabelecimentos comerciais e veículos;
*Jogo é proibido. Os infratores serão presos por um mês;
* Cortes de cabelo à moda inglesa e norte-americana são proibidos. Pessoas de cabelos longos serão presas e levadas ao Departamento Religioso para raspagem dos cabelos. O criminoso deverá pagar o barbeiro;
* É proibido lavar roupas nos riachos e córregos da cidade. As jovens que violarem esta lei deverão ser apanhadas respeitosamente à moda islâmica e levadas para suas residências. Seus esposos serão severamente punidos;
* São proibidas a execução de músicas e a dança em festas de casamento;
* São proibidas a confecção de roupas femininas e a tirada de medidas corporais por alfaiates. Caso mulheres ou revistas de moda sejam vistas numa alfaiataria, o infrator será preso;
* A feitiçaria é proibida;
* Todos devem rezar. Todas as pessoas são obrigadas a comparecer à mesquita. Jovens vistos em estabelecimentos comerciais serão presos imediatamente.


Retirado do Livro Mulheres de Cabul.